Estamos vivendo neste Facebook uma experiência muito mais significativa do que supõe a maioria das pessoas. Melhor seria dizer que as redes sociais estão fazendo uma revolução – que, no início, são sempre caóticas, desordenadas e confusas. Este é o ambiente do jornalismo do futuro que nem todos os jornalistas parecem perceber.
O que transforma o jornalismo impresso tradicional são, na realidade, quatro forças convergentes que atuam simultaneamente no cenário econômico e que transformam as empresas, em especial, aquelas ligadas à Tecnologia da Informação (TI).
Essas quatro forças são: mobilidade, redes sociais, computação em nuvem e informação (internet). Para os especialistas do Grupo Gartner, elas são chamadas de Nexus das Forças e representadas, no jargão internacional, por quatro palavras em inglês: mobile, social, cloud e information.
Não apenas nas grandes corporações da área de TI, mas, também, nas empresas de comunicação, essas forças estão moldando o futuro da nova empresa de jornalismo. O maior sucesso no período de transição depende, entretanto, da correta compreensão do poder e do impacto dessas verdadeiras alavancas tecnológicas, de sua sinergia. Não mais se trata de uma única mudança de paradigma, como foi no passado, por exemplo, a introdução da máquina a vapor, na segunda metade do século 18. Ou do petróleo, no final do século 19. Ou da eletricidade, no começo do século 20. Temos que pensar no impacto e no poder de transformação conjunto da mobilidade, das redes sociais, da computação em nuvem e do potencial incrível da internet.
O papel de cada uma dessas quatro forças nas empresas de comunicação precisa ser compreendido de forma cristalina pelos novos investidores, executivos e profissionais do novo jornalismo. A mobilidade amplia as possibilidades de acesso ao maior número de pessoas, ou seja, de leitores e clientes. E, por mais óbvio que pareça, vale lembrar que as pessoas são seres móveis. As redes sociais, por sua vez, estimulam novos comportamentos e novas aspirações. As empresas de comunicação, mais do que todas as outras, precisam aprender a utilizar bem o Facebook, o Twitter, o Linkedin e outras redes sociais.
O terceiro fator, conhecido hoje como computação em nuvem – ou, simplesmente, nuvem – permite a obtenção de novas formas de serviços e aplicações. A nuvem se transformou no maior repositório de conteúdos virtuais do planeta.
Por fim, a internet, que fornece novos contextos às empresas e às pessoas, como informação universalizada e instantânea. Tomemos como exemplo o Projeto Ultravioleta criado por um conjunto de megacorporações (como a Microsoft, HP, Sony, Apple, Panasonic, Samsung e estúdios de Hollywood). Criado há dois anos, o Ultravioleta oferece diversos conteúdos na nuvem – entre os quais filmes, DVDs, Blu-rays, CDs e aplicativos. Você compra o CD, DVD, game ou filme e não leva nada físico para casa. Apenas um código de acesso, com identidade e senha, que lhe permite baixar (em stream) esses conteúdos, onde estiver e quando quiser. Anywhere, anytime. Isso significa que, claramente, que estamos ingressando na era da nuvem, no comércio eletrônico de conteúdos. No último Consumer Electronics Show, há duas semanas, em Las Vegas, assistimos ao lançamento dos jogos na nuvem.
O próximo passo serão os livros e revistas digitais. O jornal do futuro pode estar na nuvem. O que ainda impede este salto não é a tecnologia, mas o modelo de negócios adequado.
O mundo vive a era pós-PC, caracterizada pelo uso crescente de dispositivos móveis, como ultrabooks, tablets e smartphones. O que marca a grande mudança de paradigma no mundo das comunicações é esse novo cenário de mobilidade dominante, em que os dispositivos móveis permitem às pessoas acessar notícias, e-mails, informação, aplicativos e conteúdos de toda natureza, praticamente a qualquer hora e em qualquer lugar.
Nesse cenário, o jornal impresso em papel é um paradigma superado, pois seu custo industrial não consegue competir com o jornalismo eletrônico – muito mais ágil, barato e abrangente. A abrangência geográfica desse jornal do futuro é o perfeito exemplo de ubiquidade das comunicações no século 21, porque seu conteúdo pode ser acessado onde e quando quisermos.
Para quem irá servir a obrigatoriedade do diploma de jornalista e sua anacrônica reserva de mercado? Só os dinossauros do trabalhismo e do sindicalismo não veem esse futuro e a inutilidade dessa luta.
E. Siqueira
O que transforma o jornalismo impresso tradicional são, na realidade, quatro forças convergentes que atuam simultaneamente no cenário econômico e que transformam as empresas, em especial, aquelas ligadas à Tecnologia da Informação (TI).
Essas quatro forças são: mobilidade, redes sociais, computação em nuvem e informação (internet). Para os especialistas do Grupo Gartner, elas são chamadas de Nexus das Forças e representadas, no jargão internacional, por quatro palavras em inglês: mobile, social, cloud e information.
Não apenas nas grandes corporações da área de TI, mas, também, nas empresas de comunicação, essas forças estão moldando o futuro da nova empresa de jornalismo. O maior sucesso no período de transição depende, entretanto, da correta compreensão do poder e do impacto dessas verdadeiras alavancas tecnológicas, de sua sinergia. Não mais se trata de uma única mudança de paradigma, como foi no passado, por exemplo, a introdução da máquina a vapor, na segunda metade do século 18. Ou do petróleo, no final do século 19. Ou da eletricidade, no começo do século 20. Temos que pensar no impacto e no poder de transformação conjunto da mobilidade, das redes sociais, da computação em nuvem e do potencial incrível da internet.
O papel de cada uma dessas quatro forças nas empresas de comunicação precisa ser compreendido de forma cristalina pelos novos investidores, executivos e profissionais do novo jornalismo. A mobilidade amplia as possibilidades de acesso ao maior número de pessoas, ou seja, de leitores e clientes. E, por mais óbvio que pareça, vale lembrar que as pessoas são seres móveis. As redes sociais, por sua vez, estimulam novos comportamentos e novas aspirações. As empresas de comunicação, mais do que todas as outras, precisam aprender a utilizar bem o Facebook, o Twitter, o Linkedin e outras redes sociais.
O terceiro fator, conhecido hoje como computação em nuvem – ou, simplesmente, nuvem – permite a obtenção de novas formas de serviços e aplicações. A nuvem se transformou no maior repositório de conteúdos virtuais do planeta.
Por fim, a internet, que fornece novos contextos às empresas e às pessoas, como informação universalizada e instantânea. Tomemos como exemplo o Projeto Ultravioleta criado por um conjunto de megacorporações (como a Microsoft, HP, Sony, Apple, Panasonic, Samsung e estúdios de Hollywood). Criado há dois anos, o Ultravioleta oferece diversos conteúdos na nuvem – entre os quais filmes, DVDs, Blu-rays, CDs e aplicativos. Você compra o CD, DVD, game ou filme e não leva nada físico para casa. Apenas um código de acesso, com identidade e senha, que lhe permite baixar (em stream) esses conteúdos, onde estiver e quando quiser. Anywhere, anytime. Isso significa que, claramente, que estamos ingressando na era da nuvem, no comércio eletrônico de conteúdos. No último Consumer Electronics Show, há duas semanas, em Las Vegas, assistimos ao lançamento dos jogos na nuvem.
O próximo passo serão os livros e revistas digitais. O jornal do futuro pode estar na nuvem. O que ainda impede este salto não é a tecnologia, mas o modelo de negócios adequado.
O mundo vive a era pós-PC, caracterizada pelo uso crescente de dispositivos móveis, como ultrabooks, tablets e smartphones. O que marca a grande mudança de paradigma no mundo das comunicações é esse novo cenário de mobilidade dominante, em que os dispositivos móveis permitem às pessoas acessar notícias, e-mails, informação, aplicativos e conteúdos de toda natureza, praticamente a qualquer hora e em qualquer lugar.
Nesse cenário, o jornal impresso em papel é um paradigma superado, pois seu custo industrial não consegue competir com o jornalismo eletrônico – muito mais ágil, barato e abrangente. A abrangência geográfica desse jornal do futuro é o perfeito exemplo de ubiquidade das comunicações no século 21, porque seu conteúdo pode ser acessado onde e quando quisermos.
Para quem irá servir a obrigatoriedade do diploma de jornalista e sua anacrônica reserva de mercado? Só os dinossauros do trabalhismo e do sindicalismo não veem esse futuro e a inutilidade dessa luta.
E. Siqueira
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