Uma outra coisa que desafia a nossa inteligência, é a incrível capacidade de alguns advogados, que se dispõem, até mesmo a mentir, ou colocar mentiras na boca de seus clientes, com a intenção de evitar sua condenação!
Já falamos sobre isto repetidas vezes em nosso blog e esperamos estar expondo nossa indignação (não é só minha não!), da exata forma com que nos defrontamos perante a opinião de nossos leitores, que não se conformam com situações, como a que agora ocorre, com o jovem que participou, juntamente com o assassino, da cena do crime que envolveu o assassinato do cartunista Glauco e de seu filho Raoni!
O advogado deste jovem, em flagrante e deslavada assertiva, tentou mostrar à opinião pública, num primeiro momento, que seu cliente saiu do local, ANTES dos assassinatos e que nada tinha visto!
Logo após ser confrontado com o depoimento da viúva de Glauco, Bia, e de uma outra testemunha ocular do crime, que confirmaram, de forma peremptória, que o jovem em questão, além de estar no local e presenciar toda a cena de agressão às vítimas e seu assassinato a sangue frio, nada fez para ajudar a evitar a tragédia, embora solicitado a fazê-lo, o advogado em questão modificou a defesa inicial que fizera de seu cliente, passando a dizer que "seu cliente" lhe dissera que saiu do local antes dos fatos!
Ora, é flagrante a tentativa do advogado em questão, de criar uma falsa situação para tentar inocentar seu cliente, até mesmo pelo constrangimento com que declarou esta nova situação, à imprensa em geral!
Dava para sentir que o mesmo reconheceu a fraqueza de sua tese, passando a dedicar a seu cliente, o ônus por mais uma mentira!
Claro que não sou, e acredito que a grande maioria dos cidadãos de bem deste país, também não é contra o trabalho dos senhores advogados, inclusive em razão de até mesmo, e por força das circunstâncias, utilizarem-se, como utilizo, de eventuais serviços dos bons profissionais desta classe!
No entanto, e é preciso que se reconheça, que este tipo de situação, ocorre com frequência, irritando a opinião pública, que se choca com a veemência de certos advogados, que vão de encontro à realidade dos testemunhos oculares, das provas irrefundáveis, e até mesmo de legítimas gravações de áudio e vídeo, numa tentativa de conseguir, lubridiando as lides judiciais, tribunais e até mesmo jurados, a liberdade de seus clientes e, claro, sua rendosa retribuição pecuniária, que ninguém é de ferro, não é?
Aqui amesmo em Caçapava, conheço alguns advogados, que assumem postura professoral, ao participarem de um Júri, alardeando pelas praças da vida, que "vão soltar" o bandidinho fulano de tal, mediante a utilização do argumento tal e tal, como se isto fosse a coisa mais natural do mundo!
Ora, até que ponto a fragilidade deste tipo de postura, ultrapassa os limites éticos e morais do exercício da profissão e até mesmo do individuo, enquanto cidadão?
É válido, é justo, é crível, arriscar-se a credibilidade profissional e pessoal, somente para satisfazer uma imperiosa necessidade de se mostrar apto, em mostrar algo que os próprios julgadores não conseguem ver?
Porque é que alguns advogados defendem, com tanta veemência, este tipo de postura? Pura bravata? Ou é por aí mesmo?
7 comentários:
Senhor JC, gostaria de dar minha impressão sobre o assunto.
Certa vez, precisei contratar de um advogado - era um problema criminal que um familiar tinha se envolvido -. Como sempre, apareceram vários - uns até sempre citados nesse blog. Devo ter falado com uns seis ou sete, e todos disseram a mesma coisa - sua causa é fácil; não precisa se desesperar; vamos ganhar, etc. E todos, quase que após me ouvir já deram um preço absurdo. Um até chegou a me falar que meu parente sairia da cadeia em tres dias. Então me indicaram um advogado de pouca idade - o que me causou surpresa -, mas disseram que era competente. Lá fui eu já preparado para receber as mesmas promessas e o "preço do serviço". De imediato ela disse que era preciso conhecer o que constava do processo, para depois me falar se tinha chance ou não, mas mesmo assim me escutou. Então veio a surpresa, pois logo ao me ouvir ele me aconselhou a não contratar nenhum advogado, pois a chance de ganhar a causa era mínima, quase zero, e que era melhor eu guardar meu dinheiro. Realmente meu parente foi condenado e ficou preso um tempo.
mas até hoje me lembro daquele rapaz, que ao contrário do que muita gente fala sobre advogados foi muito honesto e não quis ganhar meu dinheiro.
Dai fica a prova que ainda existem pessoas boas no mundo.
JC: pior ainda é o advogado que recomendei a um parente, que buscava informações sobre revisão de sua aposentadoria e ele, o advogado, acabou enganando meu parente, disse que ia entrar com uma ação, ganhar fácil, cobrou preço absurdo, que meu parente está pagando por mês, e não entrou, e nem vai entrar com ação nenhuma! E, pior, é um advogado novo, ao qual achei que poderia dar a oportunidade dele atender pelo menos a um cliente pois seus escritório vive às moscas!
Ele já aprendeu errado e vai continuar errando e sacaneando todo mundo!
Jair S., vamos dar nome aos "bois" pois assim ajudaremos a comunidade a correr destes "devogados". Vai aí uma idéia, que tal montarmos uma lista negra dos "devogados" mal carater desta cidade??
Se for começar com lista negra de advogados, pode começar com o "Dr do Futebol" , especialista emérito em perder eleições e agora fica desmoralizando o trabalho do nosso prefeito.
"Eita" inveja danada.
Eh JC ficou com medo de colocar no blog a palhaçada que o primeiro filho fez na formatura dele?
Se eu não te conhecesse até achava que alguém ta com o rabo preso
Prezado Dedo na Ferida: não estou sabendo de nada, não. Se vc. quizer informar, estamos às ordens, ok?
JC, olhe só esta: "há que esclarecer por que motivos o advogado e amigo da família de Glauco, Ricardo Handro, mentiu a respeito das circunstâncias em que se deu o crime. Ele chegou a dar detalhes à imprensa do que teria sido uma tentativa de sequestro seguida de homicídio. Sua versão só mudou quando se tornou insustentável diante dos fatos revelados pela polícia – entre eles o de que o assassino era conhecido das vítimas e frequentador da igreja Céu de Maria. Ele se defende dizendo que não havia falado com a mulher de Glauco quando divulgou sua falsa versão. A polícia considera o argumento pouco plausível."
Noticia que saiu na VEJA desta semana.
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