"O transporte e o armazenamento de explosivos, são de responsabilidade dos vendedores e das empresas consumidoras. Os explosivos são transportados em caminhões comuns, sem escolta. Em agosto do ano passado, um carregamento de 2.500 toneladas foi interceptado por ladrões na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais. Apenas parte do material, cerca de 1.500 toneladas, foi recuperada. As autoridades suspeitam que o restante abasteceu as quadrilhas responsáveis pelos ataques em São Paulo."
Publicado na revista Época nº 678
A notícia, se verdadeira, é absolutamente impressionante mas, apenas com a intenção de acabar com as dúvidas e também com a falta percepção por parte dos repórteres e editores da cidada revista, vamos aos fatos:
- Claro que equívoco houve, por parte dos repórteres e editores da Época visto que, 2.500 toneladas de explosivos, transportados por via rodoviária, exigiria um comboio de 166 veículos pesados, com capacidade, cada um, de 15 toneladas.
- Um comboio desta magnitude, certamente ensejaria a participação de equipes de segurança contra acidentes e assaltos, que poderia chegar a envolver cerca de 700 homens por baixo (sendo 4 homens x veículo), fora o pessoal de apoio.
- Para roubar 1.000 toneladas dos citados explosivos, que corresponde a cerca de 70 veículos pesados, a bandidagem teria que reunir, na pior das hipóteses, uns 200 homens, fora pessoal de apoio, e ainda contar com o absoluto silência por parte de todas as autoridades rodoviárias, civis e de segurança da área, quiçá do estado, para retirar esta carga do comboio e escondê-la, fora do alcance dos olhos alheios aos seus interesses.
Fica portanto, muitíssimo claro, o engano dos editores da revista citada, afinal, trata-se, quando muito de 2.500 QUILOS de explosivos e não TONELADAS, o que assusta, e muito, qualquer cidadão de bem!
Mas, aproveitando o ensejo, acho que a produção, a comercialização, o transporte, e a utilização de material explosivo neste país, está mesmo uma loucura e precisa ser urgentemente disciplinado, ou melhor, fiscalizado pois existe uma legislação sobre o assunto mas, como tudo neste país, ninguém cumpre nada e fica tudo por isto mesmo!
Só que quem paga a conta é o munícipe que pode, de um instante para o outro, ser implodido junto com o caixa de segurança de algum banco!
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