Para se ter uma idéia bem definida do quanto o brasileiro se distancia do cumprimento às leis, temos a notícia, tristemente comentada em todo o mundo, das peripécias da fazendeira Beatriz Randon, sobrinha-neta do lendário Marechal Rondon, dona da Fazenda Santa Sophia, no Mato Grosso do Sul, área reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural!
Travestida de como ecologista e ambientalista, chegando mesmo a ser presidente da ONG Ambiental, Beatriz se aventurou oferecendo caçadas ilegais de felinos, na floresta do pantanal, para grupos estrangeiros!
Ao preço de US$ 30 mil, americanos e europeus participavam de caçadas à onças pintadas, pardas, cervos e outros animais protegidos por lei.
Preferiu, a ingrata Beatriz, sujar o nome de maior importância para o desbravamento das áreas de florestas do Brasil, por um punhado de dinheiro que hoje lhe queima as mãos!
E isto, senhores, uma fazendeira, de posses, com nome tradicional e até mesmo razoável participação no contexto ambientalista nacional, passar a cometer atos de tal relevância bárbara, ao arrepio da lei, é apenas a ponta do "iceberg", que já vem mostrando, há longo tempo (vejam o caso dos madeireiros na amazônia!), que a desobediência legal começa a ser encarada como resultado da ineficiência do estado em gerir recursos para fiscalizar e punir transgressões!
Particularmente eu, que trabalhei durante muitos anos em empresa de mineração no sul do estado do Pará, em meio à floresta amazônica, constatei e denunciei, em várias oportunidades, a derrubada ilegal de mogno naquela região, patrocinada, inclusive, mediante autorização e participação de caciques e índios de determinada tribo, sem que quaisquer providências tenham sido tomadas pelas autoridades!
É um descaso só, por parte das autoridades, que acabam por facilitar a prática ilegal!
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