Aconteceu com o Aeroclube da Paraíba onde a prefeitura simplesmente destruiu a pista usada para instrução de candidatos a pilotos, e agora acontecer coisa parecida em São Felix do Xingu, Pará. Pelo visto a moda acabou pegando e as Prefeituras, direta ou indiretamente, estão colaborando com isso.
São Felix do Xingu é uma cidade ribeirinha que fica às margens do Rio Xingu, do qual herdou o nome. Com as Leis de número 5.449 e 5.455, de 10 de maio de 1988, teve seu território desmembrado para criar os municípios de Ourilândia do Norte (terra do meu grande amigo Comandante Niltinho Costa) e Tucumã.
Localizada na latitude 06º38′41″sul e longitude 51º59′42″oeste, estando a uma altitude de 220 metros em relação ao nível médio do mar, sua população estimada em 2004 era de 39 774 habitantes, e o município possui uma área de 84.607,39km² que, além da sede, é constituído por quatro distritos: Taboca, Nereu, Lindoeste e Ladeira Vermelha.
A base da economia do município é a pecuária de corte, pois possui o maior rebanho do Brasil com mais de 1,7 milhões de cabeças. Tem também no turismo uma forte receita, graças ao Rio Xingu que permite a navegação durante o ano todo. Porém, em termos de rodovias fica isolado em grande parte da estação chuvosa por falta de investimentos em pontes e pavimentação das estradas.
E por causa disso, o município foi agraciado com um aeródromo asfaltado, no final da década de 1970, visto sua posição estratégica para a colonização da Amazônia, da qual faz parte. Nessa época a infra estrutura do aeroporto era vital para o apoio à aviação, que foi seu principal meio de abastecimento e ligações com o resto do País.
Este aeródromo, Aeródromo SNFX (registro no Rotaer) construído pela COMARA – Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, em 1978, com todas as dificuldades para época, tem 2.000m de pista, sendo 1600m asfaltada, e foi entregue à administração da Prefeitura local.
Anos atrás um vereador, para encurtar o acesso a sua chácara, criou um atalho de 400m dentro da parte sem asfalto da pista, já nivelada e compactada. Veio a instalação da base de comunicação do Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônia, e achou-se que seria de interesse da FAB, recuperar os 400m danificados, porém, nada aconteceu! Hoje essa parte esta sendo grilada para a construção de casas residenciais e aos poucos a cabeceira 13 esta sendo loteada, com apoio do prefeito da cidade.
O secretário de Meio Ambiente interditou a área em questão, mediu e quer fazer que o SERPAT1 tenha interesse em recuperar a área já degradada.
Os pilotos e empresários da cidade e da região, pretendem que a cidade tenha um aeroporto de bom nível técnico, em função dos grandes empreendimentos, como o da VALE e do ANGLO AMERICAN que prometem investir milhões de dólares na região.
As denuncias que foram encaminhadas à ANAC, tiveram como resposta, que não é de sua área de atuação, que se procurasse o Serviço Aéreo do Estado do Pará, e que enviássemos nossos pleitos para o SERPAT1, que ha dois meses disse estar tomando providencias!
Situação mais que justa, e em razão de conhecer o local, que foi uma de minhas bases operacionais quando trabalhava na região, sinto-me à vontade para abraçar este protesto e unir-me à população, aos pilotos e aos empresários de São Felix do Xingu, para que se consiga dar fim à polêmica e preservar áreas e instalações do Aeroporto de São Felix do Xingu!
Um comentário:
JC: tem que acabar com esta bagunça! SFX precisa de ter uma pista com maiores condições de segurança e em condições de receber aeronaves de carreira pois hoje, ninguem mais aguenta os preços para sair de SFX por via aérea. Por estrada então, nem pensar!
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