O concurso público para a seleção de 1.400 garis para a cidade do Rio já atraiu 45 candidatos com doutorado, 22 com mestrado e 1.026 com nível superior completo.
Para participar do concurso, basta ter concluído a quarta série do ensino fundamental. Eles são 4% dos 109.193 inscritos até anteontem. Os anos de estudo a mais, porém, não devem colocá-los em vantagem na disputa, porque a seleção é feita por meio de testes físicos, como barra, flexão abdominal e corrida.
Os contratados trabalharão 44 horas por semana e receberão salário de R$ 486,10 mensais, tíquete alimentação de R$ 237,90, vale-transporte e plano de saúde. A remuneração poderá ser acrescida ainda de um adicional por insalubridade.
É muito pouco para um dotô. Mas é uma porta de entrada no funcionalismo. Com essa capacidade, com o tempo e relacionamento político, um dotô gari pode se ajeitar num trabalho mais administrativo, pode ser remanajado como comissionado e essas coisas tão comuns no funcionalismo, que acabam sempre em bem sucedidas carreiras em termos de aposentadoria.
A ponto de podermos imaginar haver uns mestres e doutores meio lerdos nessa leva de pretendentes. Mas sem dúvida há uns mais espertos.
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