Olho por olho, dente por dente... Assim apregoava a Lei de Talião, na Antiguidade... A lei de então defendia a ideia de que devemos retaliar em medida semelhante aos prejuízos a nós causados por um infrator. Chegamos ao século XXI tendo igual prática imperando entre nós como pudemos ver nessa caçada e retaliação impetrada pelos Estados Unidos e aliados a Osama Bin Laden, a Al Qaeda e ao terrorismo internacional.
Não que seja possível articular qualquer defesa aos atos terríveis e as inúmeras mortes causadas por Bin Laden e demais terroristas no 11 de Setembro de 2001 ou em outros atentados, mas o pagamento em semelhante moeda numa época em que se fala tanto em civilidade, avanço, prosperidade, direitos humanos... Não é um contrasenso? Não é dito popular que violência gera violência?
A violência é o caminho dos fracos. Nossa luta deve ser pela paz, hoje e sempre.
As dúvidas sobre tudo o que aconteceu permanecerão enquanto não prescreverem os fatos ou morrerem seus protagonistas. Saberemos apenas aquilo que nos permitirem saber até porque nos acomodamos a isso e com isso. O fato de capturarem e matarem Bin Laden pouco antes dos 10 anos do 11 de setembro e justo agora que a popularidade de Obama estava tão em baixa são sintomáticos. Se são meios de deslocar a atenção do público ou então de alimentar politicamente ao atual presidente, são temas a serem discutidos e que certamente serão ainda muito debatidos.
Compreendo a dor e a angústia dos americanos, mas sua ira foi alimentada pela mídia e governo local, especialmente na administração de George W. Bush, a ponto de virar ponto de honra a execução do líder da Al Qaeda, configurando a ideia de vingança. O que mais dói é perceber que mesmo diante de tantos avanços tecnológicos, continuamos atirando pedras uns nos outros quando cessam o que as pessoas pensam ser as possibilidades do diálogo, da argumentação... Somos derrotados não pela força aparente de uns e outros, mas por nossa fraqueza, cujo sintoma mais evidente é a brutalidade, a violência... E a paz passa a ser então apenas uma pálida sombra perseguida por nós e que parece estar cada vez mais distante...
Infelizmente os ideais de Bin Laden - de vingança, morte, dor e sangue - permanecem vivos na mente de tantos outros - não apenas os radicais que o seguiam, mas também entre os que o perseguiam, segundo suas próprias palavras, em nome da civilidade, da ética, da democracia e da própria paz... É preciso atenção aos fatos, pois por trás dos belos discursos em nome da paz, escondem-se corpos, sangue, lucros e, infelizmente, se anunciam mais tragédias no horizonte. Entre o que se diz e o que se vive há um abismo que precisa ser vencido e isso só pode acontecer se a verdade vier a tona e, com ela, a prevalência de valores que por enquanto parecem apenas letra inerte ou morta como os que vemos nos Direitos Humanos ou no Direito Internacional.
Não podemos, no entanto, desanimar, a paz só prevalecerá se não desistirmos dela e por ela nos mantivermos de pé, agora e sempre!
Não que seja possível articular qualquer defesa aos atos terríveis e as inúmeras mortes causadas por Bin Laden e demais terroristas no 11 de Setembro de 2001 ou em outros atentados, mas o pagamento em semelhante moeda numa época em que se fala tanto em civilidade, avanço, prosperidade, direitos humanos... Não é um contrasenso? Não é dito popular que violência gera violência?
A violência é o caminho dos fracos. Nossa luta deve ser pela paz, hoje e sempre.
As dúvidas sobre tudo o que aconteceu permanecerão enquanto não prescreverem os fatos ou morrerem seus protagonistas. Saberemos apenas aquilo que nos permitirem saber até porque nos acomodamos a isso e com isso. O fato de capturarem e matarem Bin Laden pouco antes dos 10 anos do 11 de setembro e justo agora que a popularidade de Obama estava tão em baixa são sintomáticos. Se são meios de deslocar a atenção do público ou então de alimentar politicamente ao atual presidente, são temas a serem discutidos e que certamente serão ainda muito debatidos.
Compreendo a dor e a angústia dos americanos, mas sua ira foi alimentada pela mídia e governo local, especialmente na administração de George W. Bush, a ponto de virar ponto de honra a execução do líder da Al Qaeda, configurando a ideia de vingança. O que mais dói é perceber que mesmo diante de tantos avanços tecnológicos, continuamos atirando pedras uns nos outros quando cessam o que as pessoas pensam ser as possibilidades do diálogo, da argumentação... Somos derrotados não pela força aparente de uns e outros, mas por nossa fraqueza, cujo sintoma mais evidente é a brutalidade, a violência... E a paz passa a ser então apenas uma pálida sombra perseguida por nós e que parece estar cada vez mais distante...
Infelizmente os ideais de Bin Laden - de vingança, morte, dor e sangue - permanecem vivos na mente de tantos outros - não apenas os radicais que o seguiam, mas também entre os que o perseguiam, segundo suas próprias palavras, em nome da civilidade, da ética, da democracia e da própria paz... É preciso atenção aos fatos, pois por trás dos belos discursos em nome da paz, escondem-se corpos, sangue, lucros e, infelizmente, se anunciam mais tragédias no horizonte. Entre o que se diz e o que se vive há um abismo que precisa ser vencido e isso só pode acontecer se a verdade vier a tona e, com ela, a prevalência de valores que por enquanto parecem apenas letra inerte ou morta como os que vemos nos Direitos Humanos ou no Direito Internacional.
Não podemos, no entanto, desanimar, a paz só prevalecerá se não desistirmos dela e por ela nos mantivermos de pé, agora e sempre!
Prof. Dr. João Luiz de Almeida Machado
é membro da Academia Caçapavense de Letras
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