Problemas ligados à qualidade do serviço prestado na região geraram à Bandeirante Energia mais de R$ 6,5 milhões em multas e indenizações no último ano. O serviço preocupa a Prefeitura de São José, que teme uma ‘crise energética’.
As multas foram aplicadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por conta das quedas bruscas de energia sem aviso prévio, que chegam a durar três [TXT]dias em algumas cidades e bairros da região.
Em São José, por exemplo, moradores da região norte ficaram quase 70 horas sem energia no último dia 7 após uma chuva forte que durou menos de uma hora.
Reflexo. Além de enfrentar o escuro, a maioria ficou sem água já que a queda de energia afeta o abastecimento. Muitos perderam alimentos e até fontes de renda.
Levantamento do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São José mostra que o número de reclamações registradas contra a Bandeirante nos últimos três anos explodiu. Foram 62 reclamações em 2007 contra 250 no ano passado.
Somente esse ano, até o final de maio, 80 moradores recorreram ao órgão. As principais reclamações são por cobrança indevida, queda brusca de energia e perda de eletrodomésticos.
Mesmo com tanta reclamação, o problema parece estar longe de uma solução.
Após aplicar no ano passado uma multa de R$ 2,6 milhões à Bandeirante por quedas de energia que duram mais tempo que o limite máximo permitido por lei, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado) encontrou este ano novos problemas na concessionária. A Arsesp é parceira da Aneel na fiscalização.
Os problemas foram identificados em duas fiscalizações --uma no setor de atendimento técnico e outra na qualidade do teleatendimento prestado aos usuários.
Em ambas as fiscalizações, foi emitido um Termo de Notificação, que antecede a aplicação de novas multas. Os problemas encontrados não foram divulgados porque a Bandeirante recorreu e sua manifestação ainda está sob análise.
“Houve um aumento grande no número de consumidores e não houve investimento compatível na geração e distribuição de energia. A tendência é que piore ainda mais”, afirmou Luís Otávio Mattos dos Reis, professor da área de energia elétrica da Unitau.
Críticas. Alvo constante de reclamação dos moradores, o serviço prestado pela Bandeirante foi criticado pelo prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB). Segundo ele, falta investimentos no setor.
“A energia em São José está caindo com mais frequência a cada dia”, afirmou Cury. Segundo ele, a prefeitura pediu um plano de enterramento da fiação que nunca foi entregue pela Bandeirante. “Vemos cada dia mais fios ligados aos postes. Na chuva, culpam a árvore. Mas nós vamos fazer o que? Cortar todas as árvores?”.
Multas. A multa aplicada no ano passado foi gerada porque faltou mais energia que o máximo permitido -- seis horas mensais, em 11 municípios da região (veja quadro abaixo).
Outros R$ 3,8 milhões foram pagos pelo mesmo motivo por abatimento na conta dos moradores. Para conferir a compensação, é preciso ver na conta se o Dic (Duração de Interrupção por Unidade) Apurado é maior que o Dic Limite. Se sim, a empresa tem até 60 dias para a compensação.
As multas foram aplicadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por conta das quedas bruscas de energia sem aviso prévio, que chegam a durar três [TXT]dias em algumas cidades e bairros da região.
Em São José, por exemplo, moradores da região norte ficaram quase 70 horas sem energia no último dia 7 após uma chuva forte que durou menos de uma hora.
Reflexo. Além de enfrentar o escuro, a maioria ficou sem água já que a queda de energia afeta o abastecimento. Muitos perderam alimentos e até fontes de renda.
Levantamento do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São José mostra que o número de reclamações registradas contra a Bandeirante nos últimos três anos explodiu. Foram 62 reclamações em 2007 contra 250 no ano passado.
Somente esse ano, até o final de maio, 80 moradores recorreram ao órgão. As principais reclamações são por cobrança indevida, queda brusca de energia e perda de eletrodomésticos.
Mesmo com tanta reclamação, o problema parece estar longe de uma solução.
Após aplicar no ano passado uma multa de R$ 2,6 milhões à Bandeirante por quedas de energia que duram mais tempo que o limite máximo permitido por lei, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado) encontrou este ano novos problemas na concessionária. A Arsesp é parceira da Aneel na fiscalização.
Os problemas foram identificados em duas fiscalizações --uma no setor de atendimento técnico e outra na qualidade do teleatendimento prestado aos usuários.
Em ambas as fiscalizações, foi emitido um Termo de Notificação, que antecede a aplicação de novas multas. Os problemas encontrados não foram divulgados porque a Bandeirante recorreu e sua manifestação ainda está sob análise.
“Houve um aumento grande no número de consumidores e não houve investimento compatível na geração e distribuição de energia. A tendência é que piore ainda mais”, afirmou Luís Otávio Mattos dos Reis, professor da área de energia elétrica da Unitau.
Críticas. Alvo constante de reclamação dos moradores, o serviço prestado pela Bandeirante foi criticado pelo prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB). Segundo ele, falta investimentos no setor.
“A energia em São José está caindo com mais frequência a cada dia”, afirmou Cury. Segundo ele, a prefeitura pediu um plano de enterramento da fiação que nunca foi entregue pela Bandeirante. “Vemos cada dia mais fios ligados aos postes. Na chuva, culpam a árvore. Mas nós vamos fazer o que? Cortar todas as árvores?”.
Multas. A multa aplicada no ano passado foi gerada porque faltou mais energia que o máximo permitido -- seis horas mensais, em 11 municípios da região (veja quadro abaixo).
Outros R$ 3,8 milhões foram pagos pelo mesmo motivo por abatimento na conta dos moradores. Para conferir a compensação, é preciso ver na conta se o Dic (Duração de Interrupção por Unidade) Apurado é maior que o Dic Limite. Se sim, a empresa tem até 60 dias para a compensação.
A EDP Bandeirante informou que realiza serviços de melhoria na distribuição de energia elétrica de forma constante. Segundo a concessionária, R$ 177 milhões foram investidos no ano passado em expansão e melhorias da rede.
A empresa não responde a questionamentos da imprensa, alegando que está em ‘período de silêncio’ em função de operações na Bolsa de Valores.
A distribuidora informou, por nota, que ‘empreendeu todos os esforços’ no último dia 7 para restabelecer a energia aos moradores de São José.
Segundo a empresa, o montante investido ano passado foi para a modernização ‘da rede protegida, poda de árvores próximas a rede elétrica e implantação de transferências automáticas de carga’.
“Preocupada em proporcionar o melhor da energia elétrica a seus clientes, a EDP Bandeirante investe sempre em modernidade, eficiência e alta tecnologia”, diz a nota.
A empresa não responde a questionamentos da imprensa, alegando que está em ‘período de silêncio’ em função de operações na Bolsa de Valores.
A distribuidora informou, por nota, que ‘empreendeu todos os esforços’ no último dia 7 para restabelecer a energia aos moradores de São José.
Segundo a empresa, o montante investido ano passado foi para a modernização ‘da rede protegida, poda de árvores próximas a rede elétrica e implantação de transferências automáticas de carga’.
“Preocupada em proporcionar o melhor da energia elétrica a seus clientes, a EDP Bandeirante investe sempre em modernidade, eficiência e alta tecnologia”, diz a nota.
A Bandeirante fornece energia para uma base de clientes de 1,5 milhão de 28 municípios do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte.
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