O impasse segue seu curso, depois dos pronunciamentos feitos
no Congresso, pela reabertura dos trabalhos legislativos, e pelo
comentário do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa,
sobre ser o STF, o único intérprete da Constituição.
Os novos
comandantes do Congresso rejeitam a cassação automática de quatro
deputados condenados e continuarão respeitando seus mandatos, pelo menos
até que se reúnam o Conselho de Ética e o plenário da Câmara, para
decidir.
Enquanto isso, porém, o que fará o STFl? Será desmoralizado
caso suas condenações sejam desrespeitadas. Apelará para o artigo 142 da
Constituição, que estabelece destinarem-se as forças armadas à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem?
Mas não poderá o presidente do Congresso apelar para o
mesmo dispositivo? Acresce, para complicar, pertencer ao presidente da
República a autoridade suprema sobre as forças armadas!
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