100 anos de Euclides da Cunha!!!

Militar, bacharel, engenheiro, republicano, jornalista e escritor. Dentre todas estas facetas, certamente são as duas últimas as grandes responsáveis pelas inúmeras homenagens prestadas a Euclides da Cunha, cuja morte completou cem anos neste dia 15.

Apesar de sua produção literária ter sido marcada indelevelmente por "Os Sertões" , obra que pesou decisivamente para sua consagração como membro da Academia Brasileira de Letras, seria injusto considerar este "imortal" escritor de um livro só. Prova disso são os vários títulos que compõem sua bibliografia, muitos deles compilações de textos que publicou nos mais importantes periódicos brasileiros de sua época, como "À Margem da História" e "Diário de uma Expedição"!

Outro fato que reforça sua incontestável importância dentro do cenário histórico e cultural do Brasil é a grande quantidade de estudos e biografias que sua vida e sua obra inspiraram:

"Os Sertões" , oferece um excelente embasamento para se aprofundar na obra-prima de Euclides. Escrito por um dos maiores estudiosos do autor, Roberto Ventura, este livro também detalha aspectos de sua movimentada vida e abre caminhos para uma melhor compreensão de seus ensaios sobre a Amazônia.

"Os Sertões de Euclides da Cunha: Releituras e Diálogos", organizado pelo historiador José Leonardo do Nascimento, reúne ensaios que analisam os aspectos artísticos, históricos e sociológicos deste marco da literatura brasileira. Além de realizar uma avaliação histórica dos acontecimentos de Canudos, a obra enfoca as diferentes interpretações que "Os Sertões" sofreu desde sua publicação original, em 1902.

Vítima de adultério, o escritor tentou recuperar sua honra matando o tenente do exército Dilermando de Assis, amante de sua mulher. Para prejuízo da literatura brasileira, Euclides levou a pior, e acabou assassinado em "legítima defesa". Sete anos mais tarde, Euclides da Cunha Filho também morreu pelas mãos do mesmo homem, quando tentava vingar a morte do pai.