Querida Caçapava!!!

Transcrevemos, na íntegra, material repassado por Carlos Ventura, da EcoVital!

"Nossa cidade, constantemente criticada pela população, está mergulhada em uma história de “passar o bastão”, alimentando a inércia que estagnou o progresso político e cultural da nossa gente.

Todos nós sabemos que houve uma propaganda política arrasadora a respeito de uma universidade que aqui se instalaria. O prédio está lá. Vazio. Sendo usado pela prefeitura para alguns encontros. As vias de acesso abandonadas, cheias de buraco, e quando chove, muita lama.

O que permite esse marasmo e essa irresponsabilidade política em nossa querida Caçapava? Como podem brincar com o povo da maneira que brincam? Como podem enganar diante do interesse político em alcançar o poder? E não está mais do que na hora da gente aprender a não dar crédito para os políticos? Até quando vamos alimentar esse carrossel de mentiras que gira covardemente nas eleições?

Cada governo carrega sua mochila de promessas e mentiras. E o povo? Não há maturidade política nas pessoas? A repetição viciada, a continuação desse quadro ridículo de promessas, a discrepância das falácias nos palanques, ainda é creditada na conta da imoralidade dos nossos representantes políticos?

A imoralidade política é a deformação congênita de todo princípio de direitos. Ela pisoteia os ideais e a certeza no amanhã.

Onde foi parar o metrô de superfície? A galeria do século? O complexo aeroviário ou aeroporto de naves espaciais decantado em prosas e versos? A obra do túnel sob a Rodovia Presidente Dutra?

Seremos eternamente enganados ou iremos criar vergonha na cara e reagir diante desse quadro infeliz e mesquinho? Não quero minha cidade estressada e poluída nas entranhas como grandes cidades vizinhas.

Quero Caçapava produzindo genialidades, cultura, talento, artistas, que não poluem, não desmatam, não invadem várzeas para a construção de casas, não desviam rios, não soterram nascentes e nem deixam um legado de quarenta e cinco mil toneladas de escória de chumbo para a posteridade.

Quero cultura. Sabedoria. Política limpa."