Meus amigos: estava a pesquisar alguns assuntos pela Net, quando deparei-me com o abaixo, que, na época, chocou a população do Brasil e do mundo, além de apresentar uma inédita característica dos fantásticos Boeing 737-300 que, no decorrer do sequestro, obrigou o Comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, a uma manobra até hoje única em toda a história da empresa norte-americana Boeing! Vejam só:
"Em setembro de 1988, ocorreu o seqüestro de um Boeing 737-300 da Vasp no trajeto Belo Horizonte–Rio de Janeiro.
Pouco depois da decolagem, o tratorista desempregado Raimundo Nonato começou a disparar contra a porta da cabine dos pilotos com um revólver calibre 32.
Nonato culpava o presidente José Sarney pela penúria em que estavam ele próprio e o Brasil e decidira atirar-se com um jato repleto de passageiros sobre o Palácio do Planalto.
Os tiros feriram um tripulante e um passageiro, e o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva rendeu-se ao seqüestrador. Uma vez na cabine, Nonato mandou que se tomasse o rumo de Brasília.
O co-piloto tentou pegar o rádio de comunicação, tomou um tiro na cabeça e morreu instantaneamente.
Por mais de três horas, o comandante Murilo negociou com o seqüestrador, voando sobre Brasília, Goiânia e Anápolis.
Diante da intransigência de Nonato e da possibilidade de ficar sem combustível, chegou a fazer duas manobras quase suicidas tentando desequilibrar e desarmar o seqüestrador.
Na primeira, fez o avião girar sobre si mesmo até ficar de ponta-cabeça e retornar à posição original.
Depois, um parafuso, deixando-o cair com o nariz para baixo enquanto girava. Essa manobra foi tão brusca que parte do estabilizador do Boeing se desprendeu e caiu sobre um conjunto de casas em Goiânia.
Engenheiros da fábrica afirmam que é o único registro de manobra desse tipo com um Boeing 737. As piruetas foram testemunhadas por um caça da Aeronáutica que acompanhava o vôo e contadas pelo comandante Murilo, que, na confusão, acabaria pousando na capital goiana.
Em terra, Nonato exigiu um avião menor para fugir, acabou levando três tiros numa cilada e morreu alguns dias depois, internado no Hospital Santa Genoveva, em Goiânia. Como vinha se recuperando bem dos ferimentos, a morte se tornou um mistério que só viria a ser desvendado pelo legista Fortunato Badan Palhares, da Universidade Estadual de Campinas, que autopsiou o corpo e atestou que ele morreu de infecção por anemia falciforme, uma doença congênita."
3 comentários:
Eu me lembro deste sequestro como se fosse hoje.Na época, o comandante Murilo mudou o Transponder para o código internacional de sequestro, identificado pelo CINDACTA I, e em quatro minutos decolava um Mirage para interceptá-lo, em poucos minutos ele o acompanhava para qualquer "eventualidade"!
Este Raimundo Nonato foi o nosso Bin Laden Brasileiro. Só faltou acertar o alvo e graças a Deus estaríamos livres de uma das pragas mais danosas que infestam Brasília e o Brasil: Sarney!
Pena que não tenha conseguido!
O Sarney não vale a vida de 100 brasileiros dignos.
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